Os Hospitais Universitários da Universidade Estadual de Ponta Grossa (HU-UEPG) bateram recorde de procedimentos cirúrgicos no mês de agosto. Com 789 procedimentos realizados no Hospital Geral e no Hospital Universitário Materno-infantil (Humai), as equipes dos Centros Cirúrgicos atingiram a maior quantidade de cirurgias em 14 anos de história. Ambas unidades atendem pacientes de 28 municípios da Região dos Campos Gerais. Por dia, são de 25 a 30 cirurgias todos os dias, realizadas em seis salas cirúrgicas.
A diretora-geral do HU-UEPG, professora Fabiana Postiglioni Mansani, comemorou o resultado e disse que atender a população com um menor tempo de espera é uma das prioridades. “O quantitativo atingido foi resultado de um trabalho em equipe, que iniciou com a mudança de cultura do funcionamento dos centros cirúrgicos de nossas unidades hospitalares, bem como ampliação das equipes e dos horários de atendimento”, destaca.
Fabiana disse ainda que diversos investimentos em equipamentos e no parque tecnológico dos centros cirúrgicos fizeram a diferença, além do engajamento de toda a equipe com consultas, exames, agendamentos, aquisições de materiais médicos e outro procedimentos.
Os HU-UEPG são referências em diversos tipos de cirurgias, como geral, ortopédica, pediátrica, otorrinolaringológica, ginecológica, vascular, entre outras. Além disso, os hospitais universitários atendem a casos de acidente vascular cerebral (AVC), hemorragia digestiva, no HU, e às gestantes, no Humai.
Com essa ampla gama de atendimentos foi possível chegar a uma marca tão expressiva, com 585 cirurgias realizadas no HU; e 101 cirurgias pediátricas e 103 partos por cesariana realizados no Humai, totalizando os 789 procedimentos cirúrgicos. Além disso, foram feitos outros 55 procedimentos obstétricos durante as cirurgias e 103 partos normais.
Desde o início de 2024 os Hospitais Universitários mantém um patamar elevado em procedimentos cirúrgicos realizados. Foi em março, no mês de aniversário do HU-UEPG, que a marca de no mínimo 700 cirurgias mensais foi atingida (foram 743). Em abril foram 750, maio 733, junho 712 e julho 765 cirurgias.
De acordo com a coordenadora do bloco cirúrgico do HU, a enfermeira Karolline Dote Fernandes, são mais de 115 profissionais atuando 24 horas todos os dias da semana para atender gratuitamente pelo SUS à população da região.
“O centro cirúrgico é um setor complexo, com a junção de várias áreas de atuação. A equipe é composta por enfermeiros de coordenação e plantonistas, técnicos de enfermagem em quatro plantões, farmacêutico, anestesiologistas, aproximadamente 50 cirurgiões, equipes de instrumentador, raio-X e imagem, limpeza, central de materiais, esterilização, OPME e o agendamento cirúrgico, para compor toda a realização dos procedimentos”, afirma.
Os HU-UEPG também cumprirem a premissa de ser um hospital de ensino. Vários residentes médicos, uni e multiprofissionais acompanham os procedimentos cirúrgicos. Essa parceria com a UEPG é muito valorizada por toda a equipe, e inclusive diversos profissionais que atuam no centro cirúrgico são oriundos da Universidade. “Temos orgulho de estar trabalhando e seguindo o que foi aprendido na área acadêmica aqui no hospital e fazendo o bem para a população não só de Ponta Grossa, como de toda a região”, finaliza a coordenadora do bloco cirúrgico do HU.
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ORGANIZAÇÃO– Para chegar ao recorde de cirurgias, os HU-UEPG contam com um sistema especial de comunicação com toda a equipe multiprofissional envolvida para a realização da cirurgia, alinhando para que o procedimento cirúrgico seja realizado com sucesso e segurança. Isso exige atenção à documentação, recursos materiais e equipe estejam disponíveis. O processo é concluído com a data da cirurgia informada ao paciente e a efetiva realização do procedimento.
O enfermeiro Cristiano Klimiont é o responsável pelo setor. Ele afirma que os pacientes são encaminhados para a realização de cirurgias eletivas através de unidades de saúde e no HU-UEPG consultam com um especialista médico que avalia a situação e indica o procedimento necessário. Na sequência, quando o paciente atinge o primeiro lugar na fila de espera, inicia a rotina pré-operatória com exames, consulta com anestesiologista e orientações de enfermagem.
Já as cirurgias de emergência não permitem este tempo de preparo, já que o paciente necessita de intervenção imediata e o foco está em estabilizar o paciente e realizar o procedimento necessário para salvar vidas ou evitar complicações graves.
“O número expressivo de cirurgias conquistado é reflexo de um trabalho minucioso e coordenado. Foi necessário um alinhamento de todo o trabalho da equipe multiprofissional e administrativa para que todos os procedimentos fossem realizados, com qualidade e de forma segura. Aumentamos o contato com os pacientes durante a semana que antecede o procedimento, para sanar duvidas e para que toda a agenda seja cumprida, reduzido o índice de absenteísmo. Todos os profissionais envolvidos buscam melhorar a capacidade e a eficiência dos serviços prestados pautados pelas diretrizes do SUS”, finaliza.
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